Turismo no Congo-Brazzaville

A República do Congo, vulgarmente chamada Congo-Brazzaville, tem um potencial turístico significativo graças às suas paisagens naturais excecionais e à sua rica diversidade cultural. Este país da África Central atrai muitos turistas, embora este sector esteja a lutar para se desenvolver.

O setor turístico do Congo-Brazzaville

O turismo no Congo começou a estruturar-se de forma mais formal na década de 1990. O desenvolvimento deste sector foi um tanto dificultado por períodos de instabilidade política e conflito armado. Vários factores, nomeadamente a riqueza natural do país, bem como numerosos activos económicos, favoreceram este desenvolvimento. Ao longo dos anos, o país tornou-se um dos destinos turísticos mais populares da África Central.
Embora ainda em desenvolvimento, o sector do turismo da República do Congo desempenha um papel crescente na economia do país ao gerar empregos directos e indirectos em áreas como hotelaria, restauração, transportes, artesanato local, etc. A sua contribuição para o emprego representa cerca de 4,5% do emprego total, ou mais de 60.000 empregos. Além disso, o crescimento do turismo atrai investimento estrangeiro, nomeadamente na construção de infra-estruturas turísticas, o que estimula a economia local.
Em 2024, o sector do turismo do Congo-Brazzaville contribui com 2,5% ou aproximadamente 208 milhões de euros para o PIB congolês.

Os principais locais turísticos do Congo-Brazzaville

Um dos principais activos turísticos do Congo-Brazzaville são, sem dúvida, todos os seus parques nacionais, verdadeiras jóias da biodiversidade.
O Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, localizado no norte do país e classificado como Património Mundial da UNESCO, é um dos maiores ecossistemas de floresta tropical virgem da África Central. Este último alberga uma flora e fauna únicas, incluindo a população de gorilas das planícies ocidentais. Os visitantes podem observar estes majestosos primatas no seu habitat natural.
O Parque Nacional Odzala-Kokoua, um dos parques mais antigos de África, tem uma grande reputação pela sua biodiversidade, particularmente pelas suas espécies de aves, mamíferos e primatas. O parque oferece ainda aos entusiastas da natureza a oportunidade de descobrir paisagens variadas que vão desde florestas tropicais a savanas.
As Cataratas de Loufoulakari, situadas a cerca de 80 km da capital do país, Brazzaville, são um sítio natural de grande beleza onde o rio Loufoulakari desagua no rio Congo. Este local continua a ser um local popular para passeios de um dia a partir da capital.
A própria capital é um centro de atração, com locais como a Basílica de Santa Ana, o Mausoléu Pierre Savorgnan de Brazza, as duas torres gémeas, o jardim zoológico Zolandia, o mercado Total, etc. Brazzaville oferece uma excelente visão da vida quotidiana e da cultura congolesa.
Para além dos seus parques nacionais e da sua riqueza natural, o Congo-Brazzaville atrai também visitantes graças à sua cultura diversificada e rica em tradições, um verdadeiro cruzamento de culturas. O país tem mais de 60 grupos étnicos, cada um contribuindo para um mosaico de tradições, línguas e práticas. A música congolesa é parte integrante desta cultura que influencia até o panorama musical africano. O artesanato, com esculturas em madeira, cerâmica e máscaras rituais, reflete a identidade de diferentes etnias. A gastronomia local, marcada por pratos como o saka-saka e o mouambe (moambé), é muito apreciada pela maioria dos visitantes que descobrem uma cultura culinária única. Por fim, as festas e cerimónias tradicionais como a FESPAM estão entre os eventos que atraem muitos visitantes.

O Congo-Brazzaville, terra de riquezas naturais e culturais, revela a sua alma a quem se dedica a descobri-la. No entanto, será apropriado perguntar como é que este país pode capitalizar a sua riqueza natural e cultural para se tornar um destino essencial na África Central, assegurando ao mesmo tempo um desenvolvimento sustentável e amigo do ambiente?